b) A tomada de impulso com lançamento atrás à horizontal c) O giro de quadril para trás (oitava de apoio para apoio)
Este aparelho tem a característica de exigir acentuado trabalho de braços e musculatura abdominal, solicitando força de pernas unicamente nos movimentos de entrada e saída. Trabalha a alternância entre elementos de suspensão e apoio, quase sempre mantendo pernas e braços em extensão. A realização de alguns elementos básicos nas assimétricas irá fazer com que a ginasta possa aprender elementos técnicos de maior dificuldade com maior domínio. A uma ginasta que treina nas assimétricas é importante salientar que o cuidado com as mãos se faz necessário, uma vez que, com o excesso de atrito das mesmas nos barrotes, e o ressecamento causado pelo carbonato de magnésio, elas podem ferir-se. É importante o trabalho com os protetores palmares desde o início, para que se crie o hábito de usa-los, e a lavagem das mãos após o treino, para retirar os resíduos de magnésio, tratando as mãos com um creme hidratante. O trabalho técnico deve iniciar-se com os balanços, que preparará a ginasta para a execução dos quipes mais tarde. A ginasta deve colocar-se de pé sobre o solo, a uma certa distância do barrote inferior das paralelas, de forma que não consiga toca-lo sem que dê um ou dois passos. Se for baixa a criança, poderá posicionar-se sobre um trampolim oficial Reuther. De pés unidos a ginasta deverá saltar para agarrar o barrote baixo, com o corpo e os braços esticados, costas contraídas (peito fechado). A seguir a ginasta deverá, já em projeção para frente, afastar as pernas estendidas e carpar um pouco o quadril, pés em flexão plantar (ponta), passando sob o barrote, mantendo os ombros relaxados. Ao chegar ao ponto máximo do balanço à frente, unir as pernas e tornar a abri-las para o retorno. O balanço de retorno deverá ser com a mesma postura semi-carpada e com pernas afastadas e estendidas, és em ponta. Ao passar sob o barrote, a ginasta deverá manter o alinhamento braços-tronco, arqueando as costas (peito-fechado) como no início, tentando realizar um segundo balanço, com ligação direta (Martin, 1997:100). b)
A tomada de impulso com lançamento atrás à horizontal: Iniciando em apoio facial sobre o barrote baixo, costas firmes e pernas bem esticadas, efetua-se uma flexão do quadril (carpando) levando os ombros e as pernas para além do barrote, mantendo os braços em extensão. Lança-se as pernas rapidamente para trás, empurrando o barrote para frente com os braços firmes em extensão. O quadril afasta-se do barrote, e o corpo é lançado para trás em extensão, até pelo menos a horizontal. Os ombros são mantidos acima do barrote, e a cabeça em posição normal. Retorna-se a seguir à posição inicial amortecendo a batida no barrote com flexão acentuada de quadril (Martin, 1997:107). c)
Os giros de quadril para trás (oitavas): Giros de quadril trás, ou oitava é uma maneira de se passar do apoio sobre o solo ao apoio facial sobre o barrote inferior das assimétricas (entrada de oitava no aparelho). Pode-se fazer também uma oitava partindo do apoio sobre o barrote, para finalizar na mesma posição (giro livre de quadril). A partir do apoio facial em um dos barrotes, faz-se a tomada de impulso atrás, levando os ombros acima do barrote, cotovelos em extensão. A seguir projeta-se os ombros para trás, cabeça alinhada ao tronco, mantendo-se o quadril junto ao barrote, e lançando as pernas unidas e esticadas sob o barrote, pés em flexão plantar (ponta), carpando o corpo ligeiramente e iniciando uma rotação do mesmo para trás sobre o eixo do barrote (eixo transversal, com movimento no plano sagital). As mãos devem segurar o barrote permitindo que os pulsos girem, acompanhando o movimento do corpo. Ao completar-se 360º de giro, estende-se vigorosamente o quadril como forma de frear a rotação, finalizando em apoio facial, braços e pernas esticados, costas arredondadas (Martin, 1997:108). Este movimento pode ser feito também finalizando na parada de mãos sobre o barrote, sendo que necessita de maior velocidade de execução e forte projeção dos ombros em antepulsão no final do movimento, com os cotovelos em extensão. Os quipes são formas de se passar da suspensão ao apoio por meio de um impluso gerado pela flexão do quadril trazendo as pernas ao tronco à frente do corpo (fechamento), e enérgica extensão em abertura, juntamente com a retropulsão (abaixamento) dos braços estendidos sobre o tronco. Há vários tipos de quipe. Explicando melhor o quipe facial: A partir de um balanço, a ginasta passa o corpo fletido sob o barrote baixo das paralelas, estende o corpo para terminar o balanço à frente. Executa uma rápida flexão do quadril (fechamento) trazendo as pernas de encontro ao barrote, estendidas. A cabeça mentem-me alinhada ao tronco. A seguir estende-se fortemente o quadril em abertura, faz-se deslizar o barrote ao longo das pernas até o quadril e, ao mesmo tempo, faz-se uma forte retropulsão (abaixar os braços sem flexionar os cotovelos) para elevar o tronco da ginasta para o alto, finalizando em apoio facial, cotovelos em extensão e costas ligeiramente arqueadas (peito fechado). e)
As saídas de sub-lance: O movimento é
semelhante ao realizado na barra
fixa.
A adaptação à trave deve ser feita desde o início, mas a execução dos elementos técnicos só virá mais tarde. Na adaptação é importante que a ginasta consiga sentir-se à vontade em cima do aparelho para andar, deslocar-se de diferentes maneiras, girar, brincar e até mesmo dançar, sentindo segurança e conhecendo bem as dimensões do aparelho. O controle da postura é muito importante para um bom equilíbrio na realização dos movimentos na trave. A
aprendizagem de elementos técnicos na TRAVE DE EQUILÍBRIO depende que sua
aprendizagem esteja consolidada no solo primeiramente. O procedimento pedagógico básico para a adaptação e aprendizagem de elementos na trave de equilíbrio deverá seguir a algumas etapas para que obtenha êxito. Acompanhe:
A passagem de uma etapa para outra só poderá acontecer quando houver boa freqüência de acerto na etapa anterior. Ex.: Se executo 10 tentativas de uma parada de mãos sobre uma linha reta no solo, conseguindo o apoio das mãos e pés sobre a linha e sem desequilibrar-me em todas as tentativas, posso tentar realizar o mesmo no banco sueco... e assim por diante.
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