A profissão

Conforme dito anteriormente, a EF oferece um amplo leque de opções profissionais. A mais clássica delas é o magistério em escolas de primeiro e segundo graus. Para tanto, o aluno recebe uma formação que o habilitará aos caminhos do magistério em escolas públicas, particulares, institutos ou entidades esportivas. Neste campo, o do professor de Educação Física, a formação pedagógica é muito requisitada, para que se possa planejar o processo ensino- aprendizagem das habilidades motoras.

A figura do preparador físico vai se consolidando a medida que os educadores do movimento vão se aperfeiçoando na fisiologia do esforço e aplicando seus conhecimentos aos esportes em que se especializam. Tal carreira é uma variável que atrai a um grande grupo de alunos de EF, variando entre os afeitos à academias de condicionamento físico e os preparadores físicos de equipes competitivas.

Os técnicos esportivos são aqueles que buscam suas especializações em determinados esportes competitivos, em níveis superiores ao da iniciação da modalidade, tendo envolvimento com federações e ligas esportivas, em decorrência de campeonatos e torneios de cada esporte específico. Cursos de especialização nas modalidades ou aperfeiçoamentos ministrados pelas federações esportivas completam a formação deste profissional.

Atualmente, o gestor esportivo ou administrador é um dos especialistas mais requisitados. Vem ocupar espaços antes reservados ao leigo, mas que a atualidade cobra um conhecimento mais aprofundado do gerenciamento e da administração, como uma ciência; o conhecimento de teoria organizacional, programação de sistemas, computação e língua estrangeira faz deste profissional um expert na área de incremento à políticas esportivas.

O mesmo se dá com relação ao repórter e fotografo esportivo a quem caberá a dose certa de criticidade, conhecimento técnico e habilidade na relação de cada uma das modalidades que cobrirá, buscando os melhores ângulos e abusando de seus conhecimentos para informações complexas, concretas e relevantes, saindo das triviais apresentações de resultados e comentários pessoais sobre um evento esportivo. A formação especializada proporcionará uma visão mais abrangente e mais objetiva da área em questão.

Massagistas, fisioterapeutas, médicos esportivos e terapêutas ocupacionais, como exemplo, também variam da formação básica e se enquadram no mundo da EF, após especialização ou formação complementar. Tendo como objetivo o movimento humano e sua aplicação em áreas diferenciadas, como esporte, hospital, escola, ..., nada mais justo que um aprofundamento na área da saúde, para uma busca de interdisciplinaridade comprometida e segura.

Os psicólogos do esporte também são originários desta interdisciplinaridade, uma vez que são frutos de cursos de graduação em EF ou Psicologia com aprofundamento na área complementar. Ao contrário do que pensam alguns, é uma ascendente função, no momento esportivo, que merece preocupação em sua formação, em especial pela interações que estará a fazer. Estes caminhos só se descobrem ao trilhá-los, diante das casualidades ou dos objetivos perseguidos, como em todas as ciências. São vários os cursos de especialização na área e o número de congressos, simpósios, encontros e mini- cursos cresce a cada dia.

A vocação, a entrega entusiasta e o conhecimento específico são essenciais na Educação Física, porque essencial é transmitir este entusiasmo, saber comunicá-lo e garantir sua permanência como um movimento de qualidade total de vida, sem aquela idéia de que EF é apenas o esporte com fim em si mesmo. Longe está este tempo.

Atualmente, ao se falar em EF, fala-se numa cultura que, muito além do fazer, sabe porque faz, como faz, até onde pode e deve fazer mas que não tem na modalidade esportiva seu centro único de atenção, uma vez que o esporte é mais uma estratégia entre centenas de outras formas de movimento.

 

Fonte: educacaofisica.com.br