História do Remo
 
 

Na Odisséia, Homero narra uma viagem de Ulisses pela ilha de Ítaca, onde era rei, num barco a remo. O relato da mais antiga competição é também da Grécia, feito em Eneida, de 19 a.C.: Enéias, príncipe de Tróia, homenageia o pai com uma disputa entre quatro barcos, movidos por 200 prisioneiros de guerra acorrentados aos botes. Mas, antes, os chineses e os asiáticos de todo o sudeste do continente já disputavam provas com enormes barcos. E o faraó Amenófis 2º- também deslizava pelo delta do Nilo, 14 séculos antes de Cristo. Na história do remo, aliás, os egípcios evoluíram na habilidade e os gregos, na tecnologia, com a criação do apoio para os remos. Em 54 a.C., o imperador romano Júlio César apossou-se do saber, atravessou o canal da Mancha e invadiu a Grã-Bretanha.

A prática esportiva é do século 16. Os hábeis e fortes marinheiros que trabalhavam na travessia de passageiros do rio Tâmisa, em Londres, viraram atração de festas da cidade. Havia torcida e apostas. Em 1715, o ator irlandês Thomas Doggett organiza a primeira regata ­ a Doggett¹s, disputada ainda hoje. Na última década do século, o remo chega às raias universitárias de Oxford, Eton e Westminster e, em 1815, surge o primeiro clube de remo: o inglês Leander. Nesse tempo, porém, o esporte já remara pela Europa e chegara aos EUA e ao Canadá.

O mau tempo em Atenas-1896 empurrou a estréia olímpica do remo para Paris-1900. As mulheres, que começaram a remar pra valer na década de 20, estrearam nos Jogos em Montreal-76. No Brasil, o esporte foi trazido pelos imigrantes alemães radicados em Porto Alegre, a partir de 1880. Mas o esporte ainda tem pouco destaque. O Brasil, hexacampeão sul-americano, conquistou dois quartos lugares olímpicos: em Paris-24 e Los-Angeles -84.

 

Fonte: MICRO OFFICER SERVIÇOS

VOLTAR