História
da Ginástica |
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Mente sã, corpo são. Há milhares de anos, os homens gregos botavam em prática o que hoje é teoria. As mulheres ficavam em casa, cozinhando, fazendo rendados, em prendas do lar, que essa era a delas. Eles se reuniam em ginásios, em centros culturais, apreciavam belas-artes, ouviam a boa música, discutiam filosofia profunda e, para recrear-se, praticavam ginástica. Nus. Platão e Aristóteles cultuavam essa rotina, que ressaltava a beleza através dos movimentos do corpo. Os cristãos se benziam ante esse ritual satânico. O imperador romano Teodósio, apegado à causa da Virgem, acabou com o culto corporal: em 393 d.C., decretou o fim dos Jogos Olímpicos antigos, em nome de Deus e da moral. Mas o povo, massa orgiástica e festiva, continuou flexionando-se furtivamente, como sempre faz diante das tiranias. A ginástica volta a público nos anos 1500. Com a corda toda. Como teatro de rua. Imagine a algazarra promovida pelos trainers de então. Para cima, para baixo recomendavam os pioneiros à platéia, institucionalizando a malhação que os tempos modernos transportaram como novidade para a televisão. A humanidade volta a estudar o tema. E o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau conclui: "O exercício tanto torna o homem saudável como sábio e justo". No século 17, desenvolve-se a pedagogia da ginástica, com o sociólogo inglês sir John Locke e o pedagogo suíço Jean-Henri Pestalozzi. Separa-se, então, a expressão corporal dos exercícios de treinamento de guerreiros da Antigüidade e ela passa a chamar-se "ginástica olímpica". Em 1861, em sua estréia pública, em Berlim, reúne 6 mil pessoas. O nacionalista alemão Friedrich Ludwig Jahn não perde tempo. Aperfeiçoa e difunde o esporte na Europa. Por onde passa mostra os novos equipamentos dos ginastas: o cavalo com alças, as barras horizontais e paralelas, as vigas de equilíbrio e a corda para escaladas. Outros alemães fazem o mesmo. No Rio Grande do Sul, os imigrantes fundam a primeira sociedade de ginástica da América do Sul, em Joinville, em 1858 mas a moda não pega, e ainda hoje nossa tradição no esporte é uma solitária argola, um zero. Na, Europa, porém, na década de 1880, proliferam as provas escolares, em clubes e associações. A ginástica se afirma. E vai aos Jogos de Atenas-1896 como nasceu: só para homens. Em 1903, Ambères, na França, hospeda o primeiro mundial e, em Amsterdã-28, o preconceito grego contra as helenas vai ao solo. A ginástica rítmica desportiva, modalidade do século passado que incorpora elementos do balé clássico, é olímpica desde Los Angeles-84. Suas primeiras disputas incentivavam a criação de exercícios de fortalecimento muscular, na Europa oriental, e de desenvolvimento da dança, na Suécia. Em 1963, Budapeste fica boquiaberta com a atuação da soviética Ludmila Savinkova, num torneio que um ano depois seria reconhecido como o primeiro mundial da categoria. Até hoje é coisa só de mulheres. Em Sydney, o trampolim acrobático será um novo palco olímpico. Criação dos índios comanches americanos, é praticada nos picadeiros circenses há 200 anos como cama elástica. Supõe-se que o acrobata circense Du Trampolim teve a idéia de usá-la para tomar impulso. Com ela, no final do século passado, os bons rodopiavam duas ou três vezes sobre fileiras de elefantes e cavalos. Nos anos 1930, um americano comum, George Nissen, driblou a maior crise econômica do capitalismo ao criar um protótipo da cama elástica usada hoje. Com ela, montou um negócio rentável, abrindo-a para a diversão do povão em troca de alguns centavos de dólar. O ianque certamente não imaginava que sua invenção passaria a valer ouro. E ainda mais o olímpico.
Fonte: MICRO OFFICER SERVIÇOS VOLTAR
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